segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Titã

Eu me Adapto
Rápido às conjunturas
Sou adepto do método socrático
Há muito, mamãe me ensinou
As manhas da maiêutica
Apesar da minha teimosia...

Mas, mesmo inapto para
Elucubrações fisiológicas pertinentes
Me disfarço de Eros
Rapto Psiquê,
Lanço-me recompleto à sementeira das paixões
Levando no canto dos lábios
O gosto ilusório doce/amargo das minhas razões...

Roubo, Lépido, o fogo de Prometeu
Desapareço como um lépton
Prometendo agora ser mais curioso
Que Pandora...

A Grande Saga das Pessoas Comuns

Nós não somos super-heróis,
Não somos super-heróis
Somos seres humanos…

Se ganhamos ou perdemos
Se nos ferimos
Se as nossas roupas se rasgam
Se não podemos ver além
Dos muros que criamos
Se todo o mal está
Dentro de nós…

Nossa inconsciência
Nossa indiferença
Nossa impaciência de saber

Se nascemos ou morremos
Se o nosso rosto está atrás de uma máscara
Se o todo orgulho e todo o medo
Em nosso coração
Não se transformar jamais

Nós talvez sejamos vilões,
talvez sejamos vilões
E até mais desumanos…

Se nós podemos
Cantar, pular, sorrir, dançar
Nós poderemos voar
E se pudermos nos perdoar e dar as mãos
O mundo pode mudar…

Nos seremos mais do que heróis,
Até mais do que deuses,
Se aprendermos a ser humanos…

domingo, 30 de setembro de 2007

Leve

A poesia leve
Nos seus pensamentos
E os terá tão leves
Pétalas ao vento solar.

Pois versos tão breves
Propagam seus efeitos
Transformando olhares frios
Em noites de sonhar...

Ícaro e Psiquê

O ar
é um mar
de gáz
O mar
é o ar
que jazz

Entre moléculas de som
Entre os fótons do luar
Pelas brumas navega no vento...
Asas de Ícaro
Mãos de Prometeu.

O ar é um mar de gáz...

Labirintos contruí
No meu quarto me tranquei
Da janela o fio de Ariadne...
Átrios do templo
Oráculos do além.

O mar é o ar que jazz...

Não me encantarei com o sol
Nem me perderei no mar
Alados olhos me esperam...
Ares de deusa
Coração ateu.

O ar é um mar de gáz
O mar é o ar que jazz
Voar é o mar em nós.